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sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Ilda Pinto Almeida em entrevista


E, à laia de prenda de Natal, deixamos aqui mais uma entrevista a encerrar outro ciclo de três. *
Ilda Pinto Almeida, natural de Vouzela mas residente nos Estados Unidos, 57 anos, publicou este ano Chuva de Graça (tanto em capa mole como em capa dura) e foi a vencedora do texto favorito do público na nossa segunda colectânea (Olhar de Amor) com o poema "Reflexo do meu desejo". Também foi dela a inspiração para a nossa primeira colectânea Vamos Celebrar! (poemas de Natal).
Nesta entrevista a autora, recipiente este ano do prestigiado Anim'Arte da Literatura, que é também artista plástica,  fala em particular do livro Chuva de Graça e do poema "Reflexo do meu desejo", mas deixa portas abertas para espreitarmos para o seu mundo cheio de arte (o quadro que se vê na fotografia é de sua autoria).

Conte-nos como e porquê começou a escrever, por paixão ou por necessidade?
Sempre gostei de escrever, especialmente poesia. É um chamado que vem desde os tempos de escola, onde por essas alturas já iniciava o gosto de encher as folhas em branco das sebentas.

Qual o papel que a escrita ocupa na sua vida?
A escrita ocupa um lugar muito importante, pois ela é a forma de transportar para o papel ideias, pensamentos ou até vivências. Acredito que quando escrevo levo aos leitores conhecimento e paz, pelo menos é esse o meu desejo

Sempre sonhou publicar um livro?/Publicar um texto num livro
Não! Nunca foi essa a minha intenção, mas o certo é que aconteceu em 2009 pela editora Tecto de Nuvens. Hoje tenho quatro livros editados. Os sonhos não sonhados acontecem.

Qual é a sensação que tem ao ver, agora, o seu livro nas mãos?/O que significa para si ter o texto favorito dos leitores?
Escrever é fascinante e levar ao leitor palavras escritas pelos meus dedos e vindas de dentro é gratificante. É um filho nascido com nome e registo.
Já tive textos escolhidos e premiados. É um sentimento muito honroso ver o trabalho reconhecido. É sentir uma força redobrada.

Tem algum projecto a ser desenvolvido, actualmente? Pensa publicar mais algum livro? Continua a sentir vontade de escrever
O futuro a Deus pertence. Mas gostaria de ver as várias crónicas que já foram publicadas em revistas, futuramente, juntas num livro só.
Guardo uma história infanto-juvenil de várias páginas que gostaria de ver ilustrada e publicada. É uma paixão antiga, quem sabe um dia este sonho se possa realizar e ver em grande letras o título “NOS SEGREDOS DO RIO” de Ilda Pinto, nas bancas. J

Fale-nos um pouco sobre o seu livro. /texto*
Os conteúdos, normalmente, seja prosa ou poesia, são baseados em realidades que passam à minha volta, histórias ou crónicas de vida baseadas em factos verídicos. Gosto essencialmente, em poesia, de falar do espiritual, de levar até ao leitor uma verdade por vezes desconhecida, mas que faz, ou deveria fazer, parte do nosso dia a dia. A minha inspiração pode vir de uma simples conversa com alguém ou de algum momento que está a acontecer ao meu redor.

*--O que inspirou o seu texto (indique se é conto ou poema)?
É um poema “Reflexo do meu desejo”. O texto foi inspirado por uma peça de arte (uma colagem) que eu estava a preparar para uma exposição sobre o Dia dos Namorados. Para essa colagem inspirei-me numa das silhuetas da colecção “Blue Nude” (“Nu Bleu”) de Matisse e pensei em fazer um reflexo dela. Enquanto trabalhava a colagem foi-me surgindo o poema que é sobre a essência da relação amorosa, o modo como as pessoas se vêem, se completam e, a dado momento, também se reflectem.

Existe alguma parte do livro, em particular, que goste mais. Porquê?
Sempre que termino um texto fico delirante por alguns dias, depois escrevo outro e já o anterior deixou de me despertar. Por isso não tenho favoritos, ou melhor , será sempre o que está em mãos.

Indique as razões pelas quais aconselharia as pessoas a ler o seu livro/texto? O que acha mais apelativo no seu livro/texto?
Eu sempre digo uma frase muito simples, que é minha, e que a repito por escrito sempre que coloco fotos das minhas obras ao fazer publicidade;
“Adquira livros que fazem bem à alma e alegram o coração”

Qual é o seu estilo de escrita ou que tipo de mensagem gosta de passar no que escreve?
Penso que tanto a minha poesia como também os meus escritos em prosa tenham uma grande dose de alento, uma mensagem do amor e de superação às vidas mais desgastadas. Gosto levar até cada um dos leitores a reflexão daquilo que somos e do que é que somos capazes. Dizer-lhes que é possível, com fé, chegar. A fé é a firme certeza das coisas que se esperam e a prova das coisas que não se vêem como certas, ela é o veículo para alcançar o sonho.

Qual o papel das redes sociais na vida e na divulgação da obra de um autor? E na sua?
As redes sociais são demasiado importantes nos dias que correm. Hoje temos inúmeras formas de divulgação as quais devemos de aproveitar. Só assim podemos passar fronteiras. Por exemplo, no meu caso :
Vivo longe da língua portuguesa e são as redes a alavanca para mostrar o que escrevo. Foi através das redes sociais que o meu trabalho foi mostrado ao público e veio a ser reconhecido. Foi através do Facebook que a GICAV (Grupo de Intervenção e Criatividade Artística de Viseu) teve conhecimento do meu trabalho e devido a isso fazer-me recipiente do Prémio Anim’Arte; e o mesmo de passou com outras instituições e outros prémios (nacionais e internacionais). As redes sociais são uma janela para o futuro; futuro que, antes, era reservado, apenas, a um grupo de escritores e de editoras.

Gosta de ler? Que tipo de leitor é que é?
Sim.
Gosto de António Aleixo, Sophia de Melo Brayner, do livro de Salmos e Cantares de Salomão; isto na poesia.

Gosto de José Luís Peixoto, Fernando Sabino, Aquilino Ribeiro, José Régio. Mas leio bastante literatura cristã onde muitos dos autores são estrangeiros e desconhecidos do público português, como por exemplo; L C. Seandiuzzi, Tim Lahaye- Jerry Jenkins, etc.











* Pode ver todas as entrevistas e conhecer mais autores portugueses nos seguintes links: